É preciso que nos sintamos parte de um grande projeto. E necessário que nos enxerguemos, sim, situados em um cenário de troca de opiniões, vivências e ideias: a Universidade, que possui imenso poder de influência na ação dos promotores de mudança, que somos inevitavelmente nós, ou a quem o futuro pertença. É pena que confundamos tanto senso de realismo com amadurecimento e cedamos conscientemente, ou ingenuamente, a formas de viver baseadas em sistemas profundamente desumanos e atrasados. É desse modo que desperdiçamos nossas potencialidades e matamos o fôlego, que ainda temos com facilidade, saindo de cena sem exercer qualquer tipo de contribuição para o ambiente que compomos.
É viável que façamos uso da oportunidade de estar onde estamos, para construir ideais que se tornarão, em breve, realidades. Aquilo que povoa nossas mentes pode passar à frente dos nossos olhos, é real! Não apenas sonhos farão com que isso seja possível, mas planejamentos concretos, estudos, análises e metas que, dia após dia, nos permitirão construir uma nova rotina.
A ideia é bem maior do que uma loucura, não é apenas transformar, é reconstruir! Não trata-se de uma teoria que nega o sistema apenas por espírito de rebeldia sem um motivo aparente. Olhe para nós, para o que habita nossas expectativas e sonhos: o fato é que somos todos extremamente carentes de um modelo diferente de vida, de uma liberdade indefinível, de novas referências, novas maneiras de estabelecermos nossos vínculos e poder dar a eles o valor que realmente possuem, incondicionalmente. Estamos sedentos por uma nova realidade, mas às vezes não conseguimos força para expressar essa sede, por não buscarmos os meios de fazê-lo ou por ser bastante confortável, dependendo da posição que se ocupa.
Maravilhosos e verdadeiros clichês: É tão mais conveniente sub-existir a uma estrutura "bem fundamentada", que é presente, e permanecermos na inércia dos dias que temos sem nos preocuparmos com problemas tão conhecidos nossos, ainda que estatisticamente, como a REALIDADE da fome e da corrupção, por exemplo; É tão mais fácil encontrar brechas para criticar do que para cooperar.
Subamos!
Vençamos inclusive as falsas teorias e mitos de que tranformar está obrigatoriamente ligado a discursos grandiloquentes e revoluções da noite pro dia. Esse preconceito tatuado de que mudar é atitude (exclusiva) de radicais e inconformados-sem-causa nos impede de acreditar nesse há-de-vir que pode, simplesmente, ser qualquer coisa. Qualquer coisa que dependará de inúmeros, infinitos fatores, dentre os quais muitíssimos estão diretamente dependentes do que faremos como geração que tomará as rédeas do cotidiano do mundo.
Bem, cada qual sabe o que é latente dentro de si, e cada um grita da maneira que lhe é viável. Eu grito, consciente do pouco que consigo passar de pulsante em letras desbotadas como estas, e em leituras desinteressadas e soberbas como as que exercemos milhões de vezes com relação ao que nos rodeia. Mas penso que toda tentativa é válida, e nesse ponto o discurso se assemelha a uma proposta de salvação que sai da boca dos sábios: mais um mito tolo que temos que derrubar.
A temática da transformação e de que modo ela é viável tem invadido nossas mentes e aulas, constantemente. Muito provavelmente (tomara) não deixará de invadir. É um bom caminho (opinião de quem fala) que paremos de resistir ao tema e passemos a refletir, inclusive de maneira racional e objetiva, sobre ele.
Respirando um pouco, e torcendo pra que encaremos estes dramas como urgências, deixo uma dica de obra que, com certeza, nos enriquece quanto a este assunto: o documentário Zeitgeist Addendum. Com certeza, essa produção merece nossa atenção, pois demonstra como é presente e real a existência de pessoas, grupos e projetos que se empenham em prol da retórica do social e de um novo ser-estar que queremos construir, justamente por termos consciência de que, absolutamente, não chegamos ao cenário que corresponde sequer a uma amostra das nossas expectativas. O vídeo, que é chocante, está todo no YouTube, e vale pelo crescendo de informações a que nos expõe e confronta, precisamos de ir adquirindo esta bagagem. Para os que estão dispostos a acreditar nisso que falo, sei que o convite se faz uma oportunidade.
Abramos as portas para o que resta de vontade. É hora.
www.youtube.com/watch?v=RtIOl11GKdU
domingo, 10 de maio de 2009
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6 comentários:
confundem senso de realismo e amadurecimento com conformismo, diria...
As palavras bem escolhidas por vezes dão um tom de futuro muito distante.
Tomar as rédeas de um porvir é muito bonito, mas é triste ver o desinteresse por tomar as rédeas do que já é possível fazer hoje.
O idealismo de "o futuro somos nós" ignora que futuro começa toda hora, e que já somos atrasados para os problemas que começaram ontem.
Eu nem li, já disse que texto em branco no preto me deixa tonto.
Mas o documentário é MUITO bom.
Eu só vi o primeiro,
to pra ver o addendum.
:D
Recomendo também.
lamental
vc tem tumor no cerebro, é
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